Enquadramento A Rede de Mediatecas Exteriores resulta de um Protocolo assinado entre o IPAD, atual Camões e a CGD. Foram sendo criadas em países de expressão portuguesa, onde a CGD opera e que são simultaneamente beneficiários da Cooperação Portuguesa, constituindo hoje uma rede com 8 estruturas: 3 Mediatecas em Moçambique (Maputo, Beira e Nampula), 3 Mediatecas em Cabo Verde (Praia, Mindelo e Espargos), 1 Mediateca em S. Tomé e Príncipe (S. Tomé) e 1 Mediateca em Timor-Leste (Díli).
Ao fomentar o desenvolvimento económico dos países onde opera, através da atividade bancária, a CGD pretende também proporcionar aos seus clientes e ao público em geral, com este projeto, o acesso fácil a uma vasta gama de informação necessária e pertinente ao seu desenvolvimento formativo e intelectual. O objetivo esteve sempre relacionado com a abertura do mercado às unidades de negócio, pela via da responsabilidade social.
Facilitar o acesso ao desenvolvimento cultural, disponibilizar recursos escassos nas regiões, aproveitar as sinergias da estrutura comercial implantada foram aspetos valorizados pela Cooperação Portuguesa e pelo Camões, a par, naturalmente, do acesso à informação e ao conhecimento, do aperfeiçoamento do capital humano, do desenvolvimento integral das populações, da divulgação da língua portuguesa e promoção do seu uso. Este projeto vem realçar a importância crescente que a Cooperação Portuguesa tem no desenvolvimento destes países, e é também um instrumento facilitador da difusão da língua portuguesa, a qual constitui o elo mais forte de ligação entre os PALOP.
A rede de Mediatecas no espaço lusófono A Rede de Mediatecas do Espaço Lusófono da Caixa Geral de Depósitos, SA / Gabinete de Património Histórico (GPH), insere-se nos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, mais concretamente no ODM 8 – Criar uma Parceria Global para o Desenvolvimento, no setor da Educação (Meta 18 - Em cooperação com o sector privado, tornar acessíveis os benefícios das novas tecnologias, em especial das tecnologias de informação e comunicação).
Desde a abertura da primeira unidade, esta Rede de Mediatecas propõe-se prestar serviços de qualidade aos que genericamente elegeu como a sua população-alvo, ou seja, professores e estudantes, empresários, quadros e técnicos das empresas e da administração pública, técnicos de gabinetes de estudos e consultoria, profissionais do setor financeiro, colaboradores das unidades do Grupo CGD que acolhem o projeto e público em geral, tentando colmatar as suas necessidades de informação.
A atualidade e pertinência do acervo documental é uma das premissas a respeitar, permitindo que cada uma das Mediatecas consiga dar uma resposta cada vez mais eficiente, às solicitações de informação a que está sujeita permanentemente.
As escolhas anuais do acervo documental baseiam-se fundamentalmente nas carências registadas ao nível do ensino universitário e politécnico e do ensino secundário, tendo em conta o peso que cada um destes graus de ensino tem nos diferentes Países onde as Mediatecas estão instaladas. Para tal, é fundamental a ajuda de cada uma das escolas que fornecem as bibliografias recomendadas para cada disciplina lecionada.
Assim, nos espaços das Mediatecas é disponibilizada informação especializada, pertinente e atualizada, em diversas áreas, quer seja em suporte tradicional, a saber, livros, revistas e jornais, quer seja em suportes tecnologicamente mais avançados e atuais, como a internet, cdrom, vídeos, dvd, etc.
O fundo documental está distribuído pelas seguintes áreas temáticas:
Informação técnica especializada Cultura e Informação Geral Simultaneamente, e nas Mediatecas onde é possível fazê-lo, são promovidas atividades paralelas, nomeadamente nas áreas educativas e culturais, que de alguma forma possam contribuir para o desenvolvimento intelectual e social destes países: videoconferências, debates, exposições, lançamento de livros, etc..
Desde o início deste projeto, a rede de Mediatecas já receberam mais de um milhão e 600 mil pessoas.
Dadas as assimetrias existentes nos vários Países onde estão instaladas, quer ao nível da população quer ao nível do sistema educativo, as Mediatecas são dimensionadas caso a caso, mas todas compreendem os seguintes espaços:
Espaço de Leitura – zonas de leitura e acesso fácil aos livros sobre as dizentes temáticas selecionadas: Obras de referência, Ciências humanas e sociais, Ciências exatas e tecnológicas, Artes, Literatura, Manuais práticos e Livros escolares (ensino universitário e secundário); Espaço Multimédia – acesso à internet, consulta de bases de dados externas, autoformação em informática, consulta de CDroms; Espaço Audiovisual – consulta de filmes em vídeo e em DVD, de carácter formativo; Espaço de Consulta – revistas e jornais de informação de caráter geral, revistas e jornais de informação técnica especializada. As Mediatecas têm tido como parceiros principais a CGD e unidades do Grupo CGD nos respetivos Territórios e a Cooperação Portuguesa, através do IPAD, e beneficiado também do apoio de entidades portuguesas e/ou locais, como a Fundação Calouste Gulbenkian, Fundação Oriente, Instituto Português do Livro e das Bibliotecas, Biblioteca Nacional, Instituto Camões, Instituto António Sérgio, Ediclube, Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de S. Tomé e Príncipe, Associação de Escritores de Moçambique, Empresas de Telecomunicações de Timor, S. Tomé e Príncipe e Cabo Verde, Empresas de software e hardware e a Associação Portuguesa de Bancos, através do Instituto de Formação Bancária e do Instituto Superior de Gestão Bancária.
São um testemunho notável da responsabilidade social assumida por todo o Grupo Caixa e pela Cooperação Portuguesa, através do Camões, em relação às Comunidades onde se inserem. Promovem e projetam de uma forma inequívoca a imagem dos Bancos que são parceiros locais da CGD e assumem um papel de complementaridade face aos serviços prestados por estruturas locais de atividade similar (bibliotecas municipais ou de outras instituições).
