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A evolução do selo branco do Banco Nacional Ultramarino



O Banco Nacional Ultramarino, como entidade centenária, teve nas alterações ao seu selo o exprimir das modificações pelas quais o banco passou.

O símbolo de um banco é a sua identificação e procura, na primeira visualização, o reconhecimento da instituição a que pertence. Pretende com a sua heráldica institucional, transparecer alguns dos seus princípios orientadores e até o lema pelo qual a empresa se rege. O Banco Nacional Ultramarino, como entidade centenária, teve nas alterações ao seu selo o exprimir das modificações pelas quais o banco passou.

O BNU foi criado através da Carta de Lei de 16 de maio de 1864, durante o reinado de D. Luís I. Consta dos primeiros estatutos do banco, aprovados a 12 de agosto, a descrição que outorgava a aparência que regia o selo do BNU:
«O selo do banco terá por emblema um navio a vapor com a legenda na parte superior “Banco Nacional Ultramarino” e na inferior “colónias, comércio, agricultura”.»

Esta caracterização sucinta permitiu que, durante a evolução do banco, este tenha adotado diferentes desenhos mas que obedeciam aos trâmites enunciados no artigo dos estatutos. Para além disso, numa perspetiva ideológica, ao optarem pela imagem do navio e o lema de “colónias, comércio, agricultura”, o fundador do banco, Francisco de Oliveira Chamiço, pretendeu afirmar a vocação do BNU para a dinamização da economia do então ultramar português. O navio a vapor, símbolo da navegação, do transporte e, na altura, expoente máximo da inovação marítima, aludia às viagens e às comunicações entre colónias e metrópole – dois mundos onde o banco pretendia estabelecer-se.

O selo do BNU começou a ser utilizado nos vários documentos gráficos publicados pelo banco, tanto de uso interno como externo. Como entidade emissora de papel-moeda para as ex-colónias, o selo também esteve presente nas notas emitidas.

Inicialmente, o selo não apresentou uma conceção uniforme e teve vários designs que em comum tinham as legendas referidas nos estatutos e um navio a vapor no centro. O tipo desta embarcação foi tendo várias representações. Desde vapor mistos, passando por navios apenas de propulsão a vapor, de navios com e sem as velas enfunadas, até variando na quantidade de mastros ou chaminés que o navio tinha.

Paralelamente, existiu uma singularidade que se verificou em notas emitidas entre 1905 e 1912 para Macau. Aqui, apesar do enunciado no artigo dos estatutos que obrigava à representação de um navio a vapor, estas notas macaenses foram produzidas com um selo do BNU onde figurava uma nau. O selo continha as legendas referidas, em que a superior estava em arco, enquanto a inferior estava transcrita numa faixa com três dobras.

Toda esta disparidade foi retificada com a implementação de um novo selo em 1921. Procurando uniformizar o logotipo do banco foi selecionado o navio a vapor que, doravante, passou a figurar em exclusivo como selo do BNU. Este possuía duas chaminés, dois mastros e vêem-se as cabines, a ponte de comando, os cabos de ligação. A delimitar o círculo onde o selo assentava encontravam-se as legendas de acordo com os estatutos. O mar ocupava a metade inferior do selo. Este selo figurou durante muitos anos até 1953. A revisão da Constituição portuguesa de 1951 (Lei n.º2048, de 11 de junho) alterou a designação administrativa das colónias para “províncias ultramarinas”. Por se ter abandonado esse termo que constava na legenda inferior do selo do BNU, os estatutos tiveram de ser alterados de modo a ficarem em conformidade com a nova realidade. Assim, a alteração foi efetuada em 1 de junho de 1953 e passou a constar no seu artigo 1º:
«(…) O selo do Banco tem por emblema um navio a vapor, com a legenda, na parte superior, “Banco Nacional Ultramarino” e, na parte inferior, “Lisboa, 1864”.».

A legenda inferior passou assim a mencionar somente a cidade da sede e o ano de fundação do banco. As legendas continuaram a envolver o navio no seu interior, estando separadas por duas estrelas. O navio passou a ser um vapor misto, agora com três mastros de velas amainadas e encimados cada um com seu estandarte, para além de mais um na popa. Estava também representada uma chaminé, entre dois dos mastros, de onde saía fumo. O mar continuava a ocupar a metade inferior do selo.

Este selo figurou como símbolo do BNU durante a sua existência até à fusão com a Caixa Geral de Depósitos em 2001.

Em 1994, após a aquisição do BNU pela Caixa Geral de Depósitos (1988), o símbolo sofreu uma nova alteração. Foi abandonada qualquer legenda, mantendo-se apenas o navio, que passou para uma versão delineada de perfil e em fiadas de linhas azuis. Este símbolo aparece ainda em algumas agências do BNU Macau e na sucursal CGD/BNU de Timor-Leste.

CGD - Gabinete do Património Histórico

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Selo branco BNU