.

Acesso BNUdireto

Com o BNUdireto tem acesso ao seu Banco em qualquer lado.

Aceda com o seu Nº de Contrato (Particulares) ou código de empresa (Empresas) e complete a sua autenticação no ecrã seguinte.

Empresas
Particulares
Fechar

Acesso BNUDireto

Particulares
Empresas
 
 

Exposição sobre o Centenário da Presença do BNU em Timor



Arquivo e Museu da Resistência - Dili

Com a presença das autoridades locais da CGD/ BNU (Drs. Torrão Alves, Milheiro Reimão e Virgilio Viegas), do Arquivo e Museu da Resistência Timorense: o seu diretor Dr. António Batista Alves “Hamar”, a diretora do serviço educativo, a Dra. Mara Bernardes de Sá, e outro pessoal técnico, realizou-se, no passado dia 19 de janeiro, uma pequena cerimónia de abertura, ao público, da exposição sobre o centenário da presença do BNU em Timor, aguardando-se a cerimónia oficial para momento oportuno, a realizar-se com a presença das autoridades oficiais de Timor Leste.

O Sr. Diretor geral da Sucursal do BNU, o Dr. Torrão Alves ,agradeceu a disponibilidade demonstrada pelo Sr. Diretor do Arquivo e Museu da Resistência Timorense na cedência do espaço para que o BNU-Timor pudesse realizar esta a exposição. Salientou que iriam ser realizadas ações de divulgação junto das universidades, escolas e nas ATMs do BNU por forma a captar público, em geral, e jovens estudantes, em particular.

Foi realizada, pelo Coordenador do Arquivo Histórico e Museu da CGD, uma apresentação temática da exposição, seu enquadramento histórico-local, seguida de uma visita guiada aos presentes, explicando cada um dos diversos expositores. Foi salientada a importância da realização da exposição não só para retratar a atividade do BNU ao longo dos 100, mas também, e sobretudo para acompanhar a evolução histórica de Timor, a interligação existente entre a atividade do banco e o seu papel no desenvolvimento socio cultural e económico de Timor. Todos os documentos apresentados, são originais - documentos textuais, fotografias, notas, moedas, objetos etnográficos - sendo que alguns elementos (nomes de empregados, locais fotografados) ainda que da década de 60 foram identificados por alguns dos presente.

A exposição é composta por 6 expositores, correspondentes a outros tantos momentos históricos importantes na vida do banco e de Timor. Associado a cada expositor foi elaborada e apresentada, em painéis, uma cronologia universal, associada a eventos específicos de Timor, retratando a evolução e intervenção do banco na economia e sociedade timorenses. Ao longo da exposição procuramos contar a “história” que identifica momentos de dificuldades, de prosperidade, de terror, de liberdade e de alegria:

  • "Instalação do banco 1900-1939” – Um período difícil pois, em Dili, tudo faltava para instalar uma agência, segundo escrevia o futuro gerente quando tentou analisar o local. Desde casa para alugar, mobiliário, carimbo, etc. As notas tiveram que vir de Macau, às quais era colocada uma sobrecarga “Pagável em Timor”.
  • “II Guerra Mundial 1939-1945” – A ocupação japonesa (1941) deixou marcas de destruição, como o demonstram as várias fotos aqui apresentadas. A agência foi encerrada e as notas portuguesas substituídas pelas japonesas.
  • “Reocupação da Agência 1945-1956” – Libertado, Timor, da ocupação japonesa, a agência pode reabrir e retomar a atividade: restabeleceu a moeda (pataca) e privilegiou o apoio ao desenvolvimento local. Este período coincide com a implementação do I Primeiro Plano de Fomento em Timor.
  • “Recuperação Económica 1956-1970” – Na continuidade do Plano de Fomento assiste-se a um período de considerável atividade económica e obras públicas. O BNU constrói um edifício novo (1968) e a moeda corrente passa a ser o escudo.
  • “Suspensão da Atividade 1970-1975” – Correspondendo a um período de instabilidade, com a criação dos movimentos independentistas que culminou em 1975 com a proclamação da independência, na sequência dos acontecimentos de Lisboa, é rapidamente interrompida pela invasão por parte da Indonésia. O BNU suspende, novamente a sua atividade bancária.
  • “Ocupação e Independência 1975-2012” – Com a ocupação indonésia as instalações da agência são ocupadas para aí se instalar o BanK Pembangunan Daerah, vindo o escudo a ser substituído pela rupia indonésia. Seguiu-se um período de terror, até que em 1999 um referendo aprovou a independência e as tropas da ONU entraram em Timor para preparar a transição. O dólar americano passou a ser a moeda oficial.

A finalizar a cerimónia, o Sr. Diretor “Hamar” Alves apresentou os cumprimentos, valorizando os conteúdos expostos, que em muito contribuem para a história de Timor. Elogiou, igualmente, a forma expositiva e os materiais utilizados, mostrando, inclusivamente a vontade de estabelecer parceria com o banco particularmente em relação aos expositores, podendo, no futuro, dar-lhes continuidade de utilização no próprio museu.
De seguida o Sr. Diretor convidou os presentes a visitar, a exposição permanente que se encontra patente ao público e que retrata a vida de luta do povo timorense contra a ocupação indonésia.

Zacarias Dias
Dili, janeiro 2013

 

Exposição em Dilí