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O papel-moeda durante a ocupação nipónica de Timor-Leste



Devido à neutralidade adoptada por Portugal durante a II Guerra Mundial, o território nacional e o da maioria das colónias foi poupado aos cenários de guerra que, outras partes do mundo experienciaram. Tal não sucedeu com o então Timor Português, que sofreu as agruras de quase quatro anos de ocupação nipónica.

A então colónia mais distante da metrópole tinha do governo central em Lisboa pouca atenção, fruto do fraco investimento feito nas ligações de transporte e dinamização das infraestruturas existentes. Até às vésperas da II Guerra Mundial, os escassos empreendimentos que existiam tinham, maior parte das vezes, origem na iniciativa privada e de alguns governadores coloniais mais dinâmicos. A título de exemplo, até 1952, apenas estava disponível o leccionar do 1º ciclo escolar.

A comunidade chinesa e as suas ligações comerciais e familiares com a China continental estavam muito presentes na sociedade timorenses, contribuindo assim para o pulsar do diminuto comércio local. Apenas duas empresas rivalizavam o restante espaço económico, sendo, inclusive, os maiores contribuidores para a dinamização da economia, muito assente na produção agrícola.

Uma dessas empresas era a Sociedade Agrícola Pátria e Trabalho, fundada pelo governador Celestino da Silva, em 1897, e prosseguida pelos seus familiares. Esta empresa lidava com a plantação e comercialização da principal produção da ex-colónia: o café arábica timorense, cuja importância havia suplantado a do sândalo, que tinha atraído os primeiros navegadores portugueses à ilha, no distante século XVI. Para além do café, a SAPT também lidava, quase em exclusivo no Timor Português, na plantação e comércio de cacau, copra e borracha. O BNU detinha também uma posição acionista na SAPT.

A segunda empresa era o Banco Nacional Ultramarino, primeira e, até então, única instituição financeira portuguesa presente. Tal como para as restantes ex-colónias portuguesas, o BNU tinha o exclusivo emissor para o Timor Português. Devido às ligações entre o comércio e a filial local com a então colónia de Macau, adoptou-se a pataca como unidade monetária. Entidade essencial da presença portuguesa, o BNU contribuía supervisionando a circulação fiduciária. Garantia os poucos créditos solicitados na ex-colónia e efetuava os pagamentos aos funcionários estatais.

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CGD - Gabinete do Património Histórico
Nuno Fernandes Carvalho
Abril 2012

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Nota de 20 Patacas